Quilombo do Mandira: tudo o que é importante saber! Se você está interessado em um itinerário bastante diferente, anote esta sugestão.
Antes de mais nada, vamos compreender quem são eles… O grupo quilombola do Mandira teve seu início em 1868, quando Francisco Mandira recebeu aproximadamente 2.880 hectares de terras, através da doação realizada por sua meia irmã Celestina Benícia de Andrade. Francisco era filho de uma escrava com o proprietário da propriedade rural local.
Ainda é possível observar as robustas paredes de pedra de um possível depósito da antiga fazenda, construído pelos indivíduos escravizados que residiram no local. Hoje, as ruínas estão adornadas por vegetação, o que acrescenta ainda mais beleza ao cenário para capturar fotografias.
No ano de 2002, o Instituto Paulista de Terras (Itesp) oficializou a região como uma Comunidade Remanescente de Quilombo. Em seguida, na mesma ocasião, foi estabelecida a Reserva Extrativista do Mandira, com o propósito de assegurar a utilização sustentável dos recursos naturais.
Atualmente, a prática adotada para o cultivo das ostras já conquistou inúmeros reconhecimentos internacionais.
O que fazer no Quilombo do Mandira?
Antes de tudo, é importante ter em mente:
Atrações – O quilombo está localizado na parte continental de Cananeia (SP), em uma área preservada da Mata Atlântica. Assim, a região é encantadora: repleta de trilhas e quedas d’água.
A gastronomia também é um ponto destacado. As ostras (bem frescas!) são servidas in natura, gratinadas, ao bafo e até mesmo transformadas em pastéis e farofa. O arroz preparado com frutos do mar também é um sucesso! Em resumo, o restaurante do Nei e do Sr. Chico, na comunidade, é imperdível.
Como chegar: partindo da cidade de São Paulo, é necessário seguir pela rodovia Régis Bittencourt. A entrada fica entre Registro e Jacupiranga. Há um pequeno trecho de estrada não asfaltada, porém em boas condições de conservação.
Onde se hospedar: nós pernoitamos na própria comunidade. Eles possuem casas prontas para receber visitantes. Também é possível hospedar-se em algum hotel da região continental. Se preferir, existe a opção de ficar na ilha de Cananeia, porém é importante mencionar que a balsa não está em funcionamento, o que resulta em uma volta de mais de 40 km.
Como é a comida no Quilombo do Mandira
Alimentos frescos, um sabor excepcional e preços incríveis! Em resumo, a culinária do Mandira nos impressionou bastante! Tanto que optamos por desfrutar todas as refeições no estabelecimento do Nei Mandira.
Veja agora alguns dos pratos que pedimos (alguns mais de uma vez ♥):
Ostra in natura (a preferida da Alice) – porção com 12 – R$ 18
Ostra gratinada (a preferida da Anna) – porção com 12 – R$ 25
Marisco com cheiro verde – R$ 25
Pastel de Ostra – R$ 7
Pastel de Palmito (um espetáculo) – R$ 7
Pedimos ainda algumas refeições (no cardápio diz que é para uma pessoa, mas é bem servida):
Tradicional – arroz, feijão, mandioca frita, farofa de ostra, peixe ou frango – R$ 27
Lambe-lambe – mexilhão com arroz, peixe ou frango e farofa de ostra – R$ 30
Prato Mandirano – arroz com palmito e ostra, peixe ou frango e farofa de ostra – R$ 35
O estabelecimento do Nei Mandira e do Sr. Chico abre apenas nos finais de semana para o almoço. No entanto, como estávamos hospedados na comunidade, eles abriram também para o jantar e nos serviram o café da manhã.
O café da manhã foi uma verdadeira festa gastronômica. Havia café, leite, suco de laranja, pães, torradas, manteiga e doce de leite. A “dificuldade” mesmo foram a mandioca, banana e bolinho frito. Tudo estava quentinho e preparado na hora. Estava tão delicioso que não recusamos quando o Nei nos ofereceu uma marmita com mandioca e bolinho frito para levarmos para a trilha…
Cachoeira Rio das Minas
Decidimos explorar uma das maiores quedas d’água da região de Cananeia: a Rio das Minas!
Situada na área do Parque Estadual de Lagamar, essa atração está a cerca de 10 km do Quilombo do Mandira. É uma área envolta pela exuberante vegetação da Mata Atlântica e encontra-se em uma propriedade privada. O amigável Daniel, o proprietário, cobra uma taxa de R$ 15 pela entrada, enquanto as crianças têm acesso gratuito.
Em contrapartida, Daniel se encarrega da manutenção da trilha, oferece instalações sanitárias, coletes salva-vidas e também fornece orientações aos visitantes. Aqueles que retornam da trilha com apetite podem se deliciar com as iguarias preparadas no fogão a lenha.
Trilha de nível médio
parada. É um local adequado para banho, inclusive para crianças e idosos. O acesso a essa área é relativamente fácil. A única precaução é tomar cuidado com as rochas e evitar cometer o mesmo erro que nós, que fomos de chinelos!
Em seguida, continuamos a caminhada e a dificuldade foi aumentando. A parte mais desafiadora é atravessar o rio. Felizmente, há uma corda que proporciona segurança. Embora a correnteza não seja forte, é necessário ter bastante atenção, pois o fundo do rio é cheio de pedras escorregadias e algumas delas se movimentam ao pisarmos.
Superada essa fase tensa, enfrentamos uma subida que também requer cuidado, pois é estreita e não há proteção lateral.
Não há um guia na trilha, apenas um amigável cãozinho que nos acompanhou. Aliás, foi esse mesmo cachorro que nos assustou quase causando um susto ao sair correndo do meio do mato durante essa parte da subida estreita!
Realizamos a trilha com tranquilidade e segurança, tornando a aventura bastante divertida. Antes de tudo, a dica é usar calçado adequado e aplicar repelente!
E finalmente, chegamos! A cachoeira é verdadeiramente deslumbrante! É possível nadar no local, mas é preciso ter cautela, pois em diversos pontos a profundidade é considerável. Assim como em todas as cachoeiras, a água é bem refrescante!
Onde ficar em Cananeia
Quando começamos a planejar nossa visita ao Quilombo do Mandira, consultamos o Nei Mandira para obter sugestões de hospedagem na região. Entre as opções de hotéis, ele mencionou a possibilidade de ficar na própria comunidade, mas destacou que era uma opção mais simples. Além de permitir visitas, eles também oferecem acomodações para os hóspedes.
Ficamos bastante animados e nossa vontade de hospedar lá só aumentou quando ele nos enviou fotos da casa. Afinal, parecia muito agradável. Dois quartos, banheiro, tinha tudo o que precisávamos. Como em tudo na vida, é importante alinhar as expectativas. Obviamente, é bem diferente de ficar em um hotel, mas para nós essa era a parte encantadora.
A comunidade está preparando diversas casas semelhantes àquela em que ficamos para receber os hóspedes. São casas com dois quartos, um banheiro, sala e cozinha. Tivemos uma ótima noite de sono. Nosso despertador foi um galinheiro muito animado…
Em termos de hospitalidade, superou qualquer resort. As pessoas da comunidade nos fizeram sentir tão à vontade que quase esquecemos de pagar pelo nosso primeiro almoço no restaurante. Parecia que estávamos em casa!
No entanto, se você preferir ficar em um hotel, também há uma opção bem próxima, o Lagamar Ecotel.
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